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Taxas longas fecham após redução das incertezas, diz Mandelblatt

Leonardo MandelblattFapesO diretor de investimentos da Fapes, Leonardo Mandelblatt, avalia que os fundamentos da economia brasileira são sólidos e estão descolados das taxas longas de juros, e à medida que as incertezas econômicas e fiscais forem sendo amenizadas deve começar o processo de fechamento dessas taxas. "O Banco Central antecipou os movimentos de política monetária, a relação dívida/PIB é positiva mesmo em período desafiador, o Brasil tem um volume elevado já contratado em privatizações e concessões e tem uma matriz energética limpa. Olhando por aí, o ponto de partida é positivo", diz.
Por outro lado, Mandelblatt lembra que os gastos represados preocupam e os mercados oscilam entre visões mais construtivas ou mais céticas à espera de que o período de transição do governo dê as respostas necessárias.
“Os investidores estrangeiros têm uma visão positiva do Brasil, eles são pragmáticos ao olhar para os fundamentos da economia e para o governo Lula, olham o seu track-record, mas estão todos, internos e externos, esperando que haja maior visibilidade”, afirma.
Com uma carteira total de R$ 14, 5 bilhões, a Fapes acumulou rentabilidade positiva de 2,3% neste ano até setembro em seu maior plano de benefícios, o PBB (Plano Básico de Benefícios), um plano de Benefício Definido. Já no Fapes Família, plano lançado em agosto de 2021, de Contribuição Definida e com duas carteiras, a rentabilidade positiva acumulada até setembro foi de 6% na carteira conservadora e de 1,4% na carteira de performance e risco, com resultado consolidado de 4,8%.
No Fapes Futuro, plano CD exclusivo dos empregados da própria fundação, que também tem duas opções de carteiras para os participantes, a rentabilidade nesse período foi de 6,4% para a carteira conservadora e de 1,4% na carteira performance e risco, com um consolidado de 2,6%.