Ex-diretor da Funcef é citado como possível ocupante da Previc

O nome do ex-diretor de planejamento e controladoria da Funcef, Max Pantoja, é citado por pessoas próximas ao governo como o possível ocupante da Superintendência da Nacional de Previdência Complementar (Previc). Eleito pelos participantes da Caixa em 2014 e reeleito em 2018, Pantoja ocupou a diretoria do fundo de pensão por oito anos.
Durante seu primeiro mandato na Funcef, ele denunciou o presidente do grupo J&F, Joesley Batista, ao Ministério Público Federal, que investigava desvios de recursos em fundos de pensão de patrocinadores públicos, na Operação Greenfield. Pantoja, que à época fazia parte do conselho de administração da Eldorado Celulose, acusou Joesley de tentar encobrir irregularidades na companhia, acusações refutadas por Joesley.
A Funcef detinha então 8,5% da Eldorado e a Petros também 8,5%, com 80% do capital da empresa de celulose sob controle da J&F. Em 2017, durante a crise da Greenfield, a Eldorado foi vendida para a asiática Paper Excellence, mas após pouco mais de um ano da assinatura do contrato vários termos contratados começaram a ser objeto de questionamentos jurídicos pelas partes, sem que a empresa asiática tenha conseguido até hoje assumir o controle da fabricante de celulose. O caso ainda permanece em litígio.
Pantoja tentou, no ano passado, engatar uma carreira política concorrendo a um mandato de deputado federal pelo PDT, do ministro da Previdência Carlos Lupi, mas não se elegeu. Natural de Porto Velho, capital de Rondônia, ele candidatou-se por Brasília, cidade onde vive desde os 15 anos de idade.
Formado em engenharia, ele entrou na Caixa aos 24 anos tendo atuado no banco como gerente de relacionamento institucional, gerente nacional e consultor na presidência. Atuou também, cedido pelo banco, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na Secretaria de Tesouro Nacional e na Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda (SPOA).