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EFPCs tiveram retorno médio de 9,71% em 2022, segundo a Aditus

moedas graficosLevantamento realizado pela consultoria de investimentos Aditus junto a um grupo de 120 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio somado de R$ 307 bilhões, apurou uma rentabilidade média de 9,71% em 2022, contra 7,38% apurados em 2021. No mês de dezembro, isoladamente, a rentabilidade do grupo foi de 0,53%.
O levantamento é feito mensalmente pela consultoria, mapeando os investimentos das EFPCs em 12 classes de ativos, seguindo os padrões de investimentos adotados pela maioria das fundações. No ano, das 12 classes mapeadas, o grupo obteve rentabilidade positiva em oito e negativa em quatro. Considerando apenas dezembro, oito classes fecharam no azul e quatro no vermelho (ver quadro abaixo).
No ano, os três melhores desempenhos foram nas classes multimercados estruturados, renda fixa tradicional e ALM (títulos públicos), com rentabilidades de 14,72%, 12,42% e 11,68%, respectivamente. Já os três piores desempenhos foram nas classes exterior renda variável, fundos de investimentos em participações (FIPs) e exterior renda fixa, com retornos de -23,54%, -16,59% e -3,54%, respectivamente.
Da carteira de investimentos de R$ 307 bilhões em dezembro, 48% estavam em planos BDs, 23% em planos CDs e 29% em planos CVs, mesmos percentuais registrados no mês anterior. Já em relação aos 369 planos, 36% eram BDs, 38% CDs e 26% CVs, também mesmos percentuais do mês anterior
Análise - Na análise da Aditus, “no último mês do ano o mercado de ações dos Estados Unidos, apesar do suspiro observado em novembro, fechou negativo, acumulando perdas no ano. O MSCI World teve -4,34% de rentabilidade em dólar, com -19,46% de retorno no ano. O risco de recessão, que ainda permanece sobre a principal economia do mundo, é o principal motivador para o pessimismo dos agentes de mercado”.
“Apesar das boas notícias vindas da inflação (CPI de 0,1% contra 0,3% de previsão para dezembro), o FED continuou a subir as previsões para elevação da taxa básica de juros, tendo sido observada, em paralelo a isso, uma elevação da curva no mês de dezembro”, explica.
“Na Europa não foi diferente e as Bolsas também registraram perdas. O índice Stoxx 600, que contém 600 ações de 17 países da Europa, fechou dezembro com -3,44% e o ano com -12,90%. A inflação global, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, é o principal fator de preocupação. As taxas de juros vêm subindo na Zona do Euro para conter a alta de preços, ao mesmo tempo em que tal alta pode acarretar um processo de recessão”.
“No Brasil, a Bolsa fechou o mês com -2,45%, refletindo o pessimismo do mercado em relação às medidas anunciadas pelo novo governo. Há grande preocupação acerca da condução da política fiscal, além das dúvidas com relação à independência do Ministério da Fazenda”. Apesar disso, “a Bolsa fechou o ano no azul, com 4,69% de rentabilidade acumulada”.
“No que tange à curva de juros, observou-se um deslocamento para cima, reflexo de todas as incertezas citadas”, finaliza a análise da Aditus.