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Ex-diretor da Funcef refuta críticas da Anapex

O ex-diretor da Funcef, Max Pantoja, um dos nomes que foi cogitado para dirigir a Previc na atual gestão do ministro da Previdência Carlos Lupi, enviou à redação da Investidor Institucional uma carta na qual se defende de várias acusações feitas pela Anapex (Associação Nacional dos Ex-Diretores, Ex-Conselheiros e Ex-Empregados das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), endereçadas à sua gestão na diretoria de planejamento e controladoria da Funcef. Embora Pantoja tenha sido ouvido e incluído por Investidor Institucional na matéria que touxe as críticas da Anapex, estamos publicando, à seu pedido, suas refutações pontuais àquilo que considera "críticas infundadas" da entidade formada pelos ex-diretores, ex-conselheiros e ex-empregados da EFPCs (para acessar à matéria original clique aqui). Segue a carta de Pantoja:
“Escrevo sobre a notícia da “carta” com 30 assinaturas de supostos “ex-gestores de fundos de pensão” que teria sido enviada para vários parlamentares me defenestrando. Não tive acesso à carta referida na matéria citada do Investidor Institucional, de 16/01/23, portanto, me basearei no texto da matéria para me pronunciar".
"Durante os oito anos de mandatos como diretor eleito na Funcef, somente dois foram na gestão PT, a maior parte foi nos governos Temer ou Bolsonaro, e minha atuação na Funcef ao longo desses anos, não foi contra partidos ou pessoas, mas contra atos e procedimentos capazes de causar danos ao patrimônio dos participantes da Funcef".
"Não apoio golpes de estado, sou defensor incondicional do Estado Democrático de Direito, quem já passou na pele por algum abuso de poder da parte de agentes do Estado sabe a importância do direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório".
"Embora seja filiado a um partido político há cerca de dez anos, minha atuação como Diretor foi de forma republicana e nos limites da lei, portanto, não partidarizo meu trabalho, e não compactuo com irregularidades. Atuo com diligência sem transigir na urbanidade de tratamento com ninguém".
"Participei de audiências públicas sempre em defesa dos participantes da Funcef, que sofrem por causa dos déficit acumulados, que ameaçam seus planos de benefício. Minha performance na CPI, referida na carta, é pública e encontra-se à disposição nos anais da Câmara Federal para quem tiver interesse".
"Atualmente, os participantes da Funcef têm mensalmente um desconto compulsório de cerca de 20% em seus contracheques, com previsão de durar cerca de 20 anos, para pagar desvios e irregularidades. Destaco que nas mãos dos presidentes da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo, indicados pelo Presidentes da CAIXA, se assenta o voto de desempate (minerva) nos órgãos decisórios da Fundação".
"Pontuo que seria difícil impedir desvios só com o voto nos órgãos colegiados e foi com a ajuda institucional de vários órgãos públicos que conseguimos recuperar cerca de R$ 2 bilhões para os cofres da Funcef. As áreas que cuidam dos processos de apuração de responsabilidade na Funcef são a Auditoria Interna e o Jurídico, a primeira sob a esfera de influência do Presidente do Conselho Deliberativo, e o segundo, sob a hierarquia do Diretor-Presidente da Funcef".