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Moraes vira presidente interino da Petros, com Jäger na disputa

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Leonardo Moraes, diretor de riscos, finanças e tecnologia da Petros, o fundo de pensão dos empregados da Petrobras, foi indicado pelo Conselho Deliberativo (CD) para assumir interinamente o cargo de presidente da entidade. A indicação ocorreu em função do encerramento do mandato de Bruno Dias, que esteve à frente da fundação durante os últimos quatro anos.
Segundo comunicado do CD da Petros, o próximo presidente das Petros será escolhido por meio de processo seletivo a ser conduzido por empresas especializada em recrutamento e sob supervisão do Conselho. Além de Moraes, que permanecerá na entidade até a posse da nova diretoria, os atuais diretores Paulo Werneck (de investimentos) e Akira Miki (de seguridade) seguirão no exercício dos seus cargos até a posse de próximos diretores, a serem escolhidos também por processos seletivos.
Segundo fonte com acesso às informações do fundo de pensão, um dos nomes que já faz parte do processo seletivo é o do ex-presidente da entidade, Henrique Jäger, que presidiu a Petros entre 2015 e 2016. Economista de formação, antes de assumir o comando a Petros ele atuou como auditor do Banco do Brasil e depois como representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração do BB.
Ele foi indicado para a Petros por Aldemir Bendine, executivo que dirigiu o Banco do Brasil entre 2009 e 2015, quando deixou o comando da instituição bancária para assumir a presidência da Petrobras, onde ficou de 2015 a 2016. Ao assumir o comando da petroleira, Bendine indicou Jäger para a presidência do seu fundo de pensão. Em 2016, com a impeachment da presidente Dilma Roussef, uma nova diretoria assumiu a direção da Petros.
Em sua mensagem de despedida publicada no site da fundação, Bruno Dias, agora ex-presidente da Petros, diz que seu mandato se pautou pela busca de resultados. “A busca incessante de uma gestão administrativa eficiente, que concilie redução de despesas e aumento de receitas, iniciada lá em 2019, possibilitou a redução das taxas de custeio dos planos do Sistema Petrobras, medida que anunciamos no início deste ano aos participantes”, diz.
A situação do fundo de pensão, entretanto, não é confortável. Comunicado publicado pelo seu Conselho Deliberativo informa que a fundação encerrou o exercício de 2022 com uma rentabilidade consolidada de 7,72%, apenas 1,93 ponto percentual acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que encerrou o ano passado em 5,79%.