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Funpresp-Exe realiza prejuízo de R$ 18,9 milhões com Americanas

Lojas AmericanasA Funpresp-Exe, fundo de pensão dos servidores públicos dos poderes executivo e legislativo, liquidou sua exposição à Americanas com um prejuízo de R$ 18,9 milhões, equivalente a 87,92% do valor total que tinha investido na varejista. A fundação tinha uma exposição de R$ 21,5 milhões à rede, sendo R$ 1,6 milhão em ações e R$ 19,9 milhões em debêntures, as quais foram vendidas por R$ 97,3 mil e R$ 2,5 milhões, respectivamente.
A Americanas anunciou em 11 de janeiro ter detectado “inconsistências contábeis” de cerca de R$ 20 bilhões em seus balanços, que em poucos dias viraram R$ 40 bilhões. Com o anúncio, o valor de mercado das ações e debêntures da companhia derreteram. Segundo a nota da Funpresp-Exe, o valor obtido pelas suas ações equivale a 5,9% do que valiam antes do anúncio e o valor das debêntures ficou em 12,3% do que valiam em 11 de janeiro.
O valor do prejuízo assumido pela fundação, embora elevado, pode ser absorvido sem muitas dificuldades pelo tamanho da sua carteira de investimentos, que soma hoje R$ 6,49 bilhões. As perdas com as ações e as debêntures da Americanas representam 0,02% e 0,30% da carteira consolidada da fundação, respectivamente.
Os investimentos da fundação na varejista eram feitos via fundos contratados. A exposição às ações era através de um fundo de índice referenciado no Ibovespa, e como a B3 excluiu a Americanas do índice em 20 de janeiro, a Funpresp-Exe também teve que vender os papéis nessa data. Já as debentures faziam parte de fundo de crédito privado cujo regulamento obrigava a vender os papéis que perdessem o “grau de investimento” num prazo de até 63 dias úteis, o que foi feito na data regulamentar.
A Funpresp informa, em nota publicada em seu site, “que está adotando todas as providências cabíveis nos contratos, mantendo contato próximo com os gestores dos fundos para avaliar o ocorrido e acompanhar o desenvolvimento da situação”.