A Vivest, fundo de pensão multipatrocinado, já deu início à primeira rodada de discussão com as 13 empresas patrocinadoras de seus planos para saber quantas delas estão dispostas a implementar a nova regra de adesão automática. “Fizemos um comunicado inicial, agendamos reuniões individuais com as patrocinadoras e estamos fazendo simulações para orientar essa decisão”, diz a diretora de Previdência da entidade, Luciana Correa Dalcanale.
Segundo ela, uma dessas empresas já comunicou estar pronta para adotar a medida e as demais responderam estar dispostas a discutir o assunto. “A mudança é uma conquista importante do sistema e deve ajudar no fomento, ao facilitar o crescimento da base de beneficiários”, explica.
Entretanto, por ser uma liberalidade das empresas, a decisão de adotá-la ou não depende de cada patrocinadora e é preciso discutir caso a caso, até porque o novo modelo pode afetar os seus orçamentos, a depender do percentual de aumento de adesão esperado. “A decisão também precisa levar em conta fatores como o grau de rotatividade esperado em cada empresa. Este ano, o nosso desafio será o de orientar e convencer as patrocinadoras”, diz.
Outro avanço essencial para o fomento foi a aprovação da Lei 14.803, sancionada em janeiro deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que permitiu aos participantes dos planos optarem pelo regime tributário (regressivo ou progressivo) ao final do período de acumulação e não mais no momento de sua adesão.
“Isso ajuda muito o crescimento da previdência complementar porque simplifica a venda de produtos previdenciários pelos times comerciais das entidades, em especial nas vendas de planos no varejo, ou seja, sem o patrocínio de empresas”, explica Dalcanale.
Na Vivest, a mudança deve ser mais um fator para impulsionar o esforço de vendas do plano família, que quase dobrou de tamanho desde 2022. “O plano Familinvest, instituído em 2019, viu seu patrimônio atingir R$ 52 milhões em dezembro do ano passado frente a R$ 28,2 milhões em dezembro de 2022.
