Levantamento realizado pela consultoria de investimentos Aditus junto a um grupo de 134 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com 622 planos de benefÃcios e patrimônio consolidado de R$ 355 bilhões, apurou que a rentabilidade média desse grupo foi de 0,78% em maio, de 3,03% no acumulado do ano e de 10,55% no acumulado de 12 meses.
As rentabilidades do mês e do ano vieram inferiores às suas referências atuariais médias, mas a rentabilidade acumulada em 12 meses supera essa referência temporal. O atuarial médio do grupo é INPC + 4,40% ao ano, resultando em percentuais de 0,82% no mês, 4,26% no ano e 7,85% no acumulado de 12 meses.
“Apesar de maio ter sido um mês bastante complicado para os segmentos de renda variável e estruturados, a renda fixa acabou por compensar parte das perdas e, com isso, os resultados do mês foram melhores que os resultados observados em abril. Seguimos com um ano muito difÃcil para os ativos de risco, o que vem atrapalhando a obtenção das metas no curto prazoâ€, avalia o diretor da Aditus, Guilherme Benites.
Carteiras - Dos 622 planos analisados, os 191 de BenefÃcio Definido (BD) tiveram rentabilidade média de 0,84% no mês, de 3,99% no ano e de 10,41% em 12 meses. O bloco superou o atuarial médio no mês e em 12 meses em 0,01 ponto percentual e 2,46 pp, respectivamente, mas perdeu dele no acumulado do ano em -0,31 pp.
Os 263 planos de Contribuição Definida (CD) alcançaram uma rentabilidade média de 0,75% no mês, de 2,88% no ano e de 10,82% em 12 meses. No mês e no ano ficaram abaixo do atuarial médio, perdendo por -0,06 pp e -1,14 pp, respectivamente, mas no acumulado de 12 meses ultrapassaram-no em 2,56 pp.
Já os 168 planos de Contribuição Variável tiveram rentabilidade média de -0,72% no mês, de 2,45% no ano e de 9,89% em 12 meses. Eles também perderam do atuarial médio no mês e no ano, ficando -0,13 pp e -1,93 pp abaixo, respectivamente, mas no acumulado de 12 meses venceram-no por 1,74 pp.
Da carteira consolidada de investimentos, 88,62% estão alocados em renda fixa, 8,70% em renda variável, 5,39% em investimentos estruturados, 2,16% em investimentos no exterior e 0,13% em investimentos imobiliários.
Nessa carteira consolidada, a principal classe de ativos (renda fixa) rendeu 0,89% no mês, 3,89% no ano e 10,68% em 12 meses, enquanto a renda variável rendeu -2,98% no mês, -9,25% no ano e 9,12% em 12 meses. Já investimentos estruturados rendeu 0,18% no mês, -0,18% no ano e 3,76% em 12 meses, enquanto investimentos no exterior rendeu 2,99% no mês, 11,93% no ano e 19,54% em 12 meses. A classe de investimentos imobiliários rendeu 0% no mês, 1,99% no ano e 12,54% em 12 meses (veja o estudo na Ãntegra clicando aqui).
Conjuntura - Ao analisar a conjuntura, “o mercado americano repercutiu o aumento da probabilidade de corte de 25 bps na taxa de juros pelo FED em novembro, após as eleições†naquele paÃs. Segundo a Aditus, “no mercado acionário americano, as empresas de tecnologia continuam sendo destaque nas bolsas. Os principais Ãndices acionários fecharam positivos impulsionados pelo setor (S&P 500: 4,80%; Nasdaq 100: 6,4%; Dow Jones: 2,3%)â€.
Já em relação ao Brasil, a Aditus destaca que “as projeções do Relatório Focus para a taxa Selic e IPCA, apontam, no fim de 2024, para 10,25% e 3,88%, respectivamente. Esse aumento na expectativa de juros reais estimado para a economia é reflexo de um cenário ainda incerto no âmbito internacional e do aumento da preocupação com o cenário fiscal. Cabe destacar, também, que o mercado ainda discute e procura entender os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul e seus desdobramentos na inflação e crescimentoâ€. A análise da consultoria ressalta também “as discussões de condução de polÃtica monetária e nomeação do próximo presidente do BC (que) contribuÃram para o aumento da incerteza no cenário localâ€.