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Movimento para tirar Pontes da Funcef começa a se dissipar

Ricardo PontesFuncefComeça a se dissipar o movimento que visava substituir Ricardo Pontes na presidência da Funcef. Iniciado a partir do Ministério da Fazenda, o movimento tinha a intenção de colocar no cargo o atual chefe de gabinete da Secretaria das Relações Institucionais, Richard Back. O nome de Back teria sido enviado pelo Ministério da Fazenda ao presidente da Caixa, Carlos Vieira, para que encaminhasse uma solicitação de mudança ao Conselho Deliberativo da Funcef.
A notícia vazou e a reação das associações de participantes e aposentados foi rápida, fazendo chegar ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, sua insatisfação. Lula, após se aconselhar com alguns políticos, mandou um recado à Carlos Vieira mandando interromper qualquer movimento no sentido de substituir Pontes no comando da fundação.
Procurada por esta publicação, a Caixa afirmou através de sua assessoria de imprensa que o presidente do banco, Carlos Vieira, não confirma o recado de Lula e nem as supostas especulações a respeito da substituição de Ricardo Pontes na presidência da Funcef. “A Caixa simplesmente não vai comentar o assunto”, limitou-se a dizer a assessoria do banco.
Apoiam a permanência de Pontes na presidência da Funcef as seguintes associações: Fenacef, Fenag; Contec; Anacef; Advocef; Aneac; Audicaixa; Anipa; SocialCaixa; e Uneicef. Um documento da Fenacef, que é a associação dos participantes e assistidos, assinado também pelas demais associações, diz que “a troca de comando, traz preocupação às entidades com a possibilidade de interferência política e gestão temerária (dos recursos) por agentes externos”.
Um tema que não estava na agenda da Funcef e que entra em pauta após essa tentativa inesperada de substituição de Pontes relaciona-se a mudanças na governança da entidade. Entre outras coisas, começará a ser discutida a criação de travas que impeçam a entrada de pessoas que não sejam funcionários de carreira da patrocinadora na diretoria da entidade. Outras fundações, como a Previ por exemplo, já contemplam essas travas que obrigam membros da diretoria a serem vinculados ao patrocinador e a contribuírem com a entidade há alguns anos.