O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal conclua em até 90 dias as investigações que envolveriam o senador Renan Calheiros (MDB-AL) com um suposto esquema de corrupção no Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Calheiros é acusado de manter conexões com um esquema administrado pelo lobista Milton Lyra, que venderia papéis de empresas de fachada à entidade.
As investigações contra Calheiros, nesse caso, já duram sete anos. Durante esse período já houveram 14 solicitações de prorrogação de prazo. A defesa do senador, alegando que o prazo de sete anos de investigação é excessivo, pediu ao STF o arquivamento das investigações. Dino afirmou, ao decidir pela nova extensão de mais três meses, que essa é a “última prorrogação”.
O caso já teve relatorias anteriores dos ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, sendo que Dino o herdou da ministra Weber após sua aposentadoria. Segundo Dino, “para evitar a configuração inequívoca desse indesejável abuso (de tempo de investigação), as autoridades competentes devem concluir as diligências e emitir as manifestações que considerarem cabíveis” no novo prazo estipulado.
