Levantamento realizado pela Equable Institute, uma organização sem fins lucrativos e bipartidária, com sede em Nova York, estima que os 25 maiores fundos de pensão estaduais e locais dos Estados Unidos sofreram uma perda de cerca de US$ 169 bilhões (R$ 1 trilhão) com a desvalorização de ações listadas em bolsa após o anúncio das tarifas “recíprocas” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O levantamento cobre o período de quatro pregões, entre 3 e 8 de abril. No acumulado do ano, até o momento, as perdas alcançam cerca de US$ 249 bilhões, segundo a organização.
A estimativa da Equable Institute, organização especializada no segmento de fundos de pensão, foi divulgada na última quarta-feira (9/4). Segundo a organização, embora as perdas auferidas de imediato pelo estudo sejam de ações listadas em bolsas, elas ocorreram praticamente em todas as classes de ativos.
A Equable Institute estima que os fundos de pensão estaduais e locais tenham 58% de seus ativos em classes de ativos que não sejam ações listadas, incluindo investimentos em renda fixa e private equity. A organização não esclareceu se as novas políticas tarifárias de Trump aumentariam ou diminuiriam o valor dos ativos imobiliários, que representavam cerca de 9% do patrimônio dos fundos de pensão estudados ao final de 2024.
"O choque do mercado financeiro dos últimos dias é exatamente o tipo de cenário negativo com o qual fundos de pensão frágeis devem se preocupar", afirmou o estudo. O Equable Institute chegou aos resultados monitorando alguns dos principais fundos de investimento que administram ativos de planos de benefícios dos fundos de pensão.
Além das perdas nas carteiras de ações e outros ativos, os fundos de pensão estaduais e locais também poderão enfrentar uma redução no fluxo de caixa nos próximos anos, caso as tarifas “recíprocas” levem a uma recessão econômica prolongada.
