Empréstimos diretos dos RPPS aos seus participantes, uma pauta antiga dos dirigentes dos regimes próprios, vai ser apresentada conjuntamente pelo presidente da Rioprevidência, Sérgio Aureliano, e pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A idéia é que essa alternativa, hoje não prevista na política de investimentos dos RPPS, seja incluída na pauta da Reforma da Previdência.
Fundos de pensão já possuem, em sua política de investimentos, a carteira de empréstimos aos participantes. Essa é, pior sinal, uma das carteiras mais rentáveis e seguras dos fundos de pensão, pois além de emprestar a taxas acima do atuarial da entidade também tem poucos riscos de inadimplência, pois as prestações são descontadas diretamente da folha de pagamentos dos participantes.
Estados e municípios, atualmente, são proibidos de ter em sua carteira de investimentos empréstimos aos participantes. Mas eles enfatizam a importância dessa carteira, pois com a taxa de juros em queda as aplicações em títulos públicos muitas vezes não pagam o atuarial da entidade, e com a volatilidade do mercado as aplicações em bolsa são bastante arriscadas. A carteira de empréstimos aos participantes, que Aureliano e Witzel querem incluir no projeto de Reforma da Previdência, permite obter rentabilidade satisfatória com baixo risco de inadimplência. Segundo Aureliano, “a idéia é capitalizar os RPPS”.