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Lopes volta ao Banco Fator depois de 13 anos e assume presidência

JoaoAntonioLopes FatorO Banco Fator promoveu uma reestruturação em seu quadro de comando, com Gabriel Galípolo deixando a presidência da instituição e João Antônio Lopes, que recentemente tinha ingressado no Conselho de Administração, assumindo o cargo. Junto com Galípolo, também deixa o grupo o economista Paulo Gala, que comandava a Fator Asset Management (FAR), a qual passa a ser presidida cumulativamente por Lopes.
Lopes tem uma relação antiga com o Banco Fator, tendo respondido pela área de fusões e aquisições (M&A) e mercado de capitais da instituição durante 14 anos, entre 1994 e 2008. Junto com Willian Coura, outro ex-Fator que trabalhou também da área de M&A, ele montou em 2009 a PortCapital, uma gestora com foco em fundos de private equity onde estava desde então e da qual agora se afasta.
Segundo fontes ouvidas por Investidor Institucional, é uma pessoa próxima ao fundador e principal acionista do Fator, Walter Appel. Durante os 13 anos em que esteve fora do banco nunca deixou de manter contato com Appel, que o trouxe no início deste ano para participar do Conselho. O grupo Fator fechou o ano de 2020 com prejuízo de R$ 29,24 milhões, um resultado 63,7% pior que o registrado em 2019, quando o prejuízo já havia atingido R$ 17,86 milhões.
Em decorrência dos prejuízos o grupo passa por uma fase de reorganização, tendo vendido recentemente a corretora Fator ao BTG Pactual, após anos de perda de posições dessa casa no mercado de varejo, que se tornou fortemente marcado pela atuação das plataformas de investimentos. Em entrevista recente à Investidor Institucional o diretor do banco de investimentos, Pedro Kassab, disse que o grupo deve concentrar suas atividades a partir de agora na área de gestão de recursos e banco de investimentos, que estão na sua origem. A seguradora também segue firme, mas é um business à parte.
O presidente que sai, Galípola, esteve à frente do Banco Fator por quatro anos, entre 2017 e 2021. Anteriormente, por oito anos ele dirigiu a Galípolo Consultoria, que estruturou estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos como o da PPP do Sistema Produtor São Lourenço e o da PPP no setor de habitação de Interesse Social no Estado de São Paulo. Teve breve passagem de menos de dois anos pela vida pública, como chefe da assessoria econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo e depois como diretor da Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo, entre 2007 e 2008. É economista de formação.
Também economista de formação, Paulo Gala estava no grupo Fator há quase nove anos, os últimos três e meio como CEO da FAR. Ele começou na Fator Corretora em 2012, onde esteve por dois anos e meio, indo em 2015 para a FAR onde respondeu durante dois anos e meio pela gestão das carteiras de renda fixa e multimercados e assumindo no final de 2017 a posição de CEO na gestora. É professor de economia da FGV há 19 anos.