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CEO do JPMorgan alerta para risco de um “furacão econômico”

Jamie DimonJPMorganO CEO do maior banco dos Estados Unidos, o JPMorgan Chase, Jamie Dimon, alertou na última quarta-feira (1/6) que há um "furacão econômico se formando”. Ele preocupa-se pela incerteza da guerra na Ucrânia, com os preços do petróleo disparando numa trajetória que pode levar o barril a US$ 150, mas também pela disfuncionalidade da economia norte-americana, com os estímulos fiscais dados pelo governo gerando vagas de empregos que não conseguem ser preenchidas, além de pressão sobre os salários e inflação em alta.
Segundo ele, “a inflação e a mudança nos padrões de consumo distorceram os dados, as famílias de baixa renda não estão tão saudáveis”. Dimon comentou que o Fed (banco central dos EUA) deveria tomar uma postura mais estrita em relação ao aperto monetário, aumentando as taxas e diminuindo o QT (aperto monetário quantitativo, que é o processo de reversão das compras de títulos públicos pelo banco central). “Nunca tivemos um QT assim Você está olhando para algo que poderá estar escrito nos livros de história nos próximos 50 anos”, completou.
“Aquele furacão está bem ali na estrada, vindo em nossa direção”, comentou Dimon. “Só não sabemos se é uma pequena tempestade ou a Supertempestade Sandy. Você tem que se preparar”, acrescentou.
O presidente e executivo-chefe do Bank of America, Brian Moynihan, no entanto preferiu minimizar do "furacão" anunciado por Dimon. Em evento um, Moynihan preferiu brincar com os alertas de Moynihan. “Estamos na Carolina do Norte, há furacões que vêm todos os anos”. Ele disse que o Fed enfrenta problemas por bons motivos: "Baixo desemprego, bom crescimento salarial e bons gastos do consumidor”.