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Anbima aponta aumento no apetite dos institucionais por CRAs e CRIs

Os investidores institucionais ampliaram as aplicações nos títulos de securitização, como os CRAs (Certificados de Recebíveis Agrícolas) e os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), ofertados pela Instrução CVM 476 (destinados a número limitado de investidores). De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), considerando todos os aportes em CRAs entre janeiro e outubro, 32,1% ficaram com esses investidores – no mesmo período do ano passado, a fatia era de 9,4%. Já nos CRIs, a participação dos institucionais passou de 60,8%, até outubro de 2017, para 64,8% neste ano. Analisando as operações pela Instrução CVM 400 (ofertas públicas tradicionais, voltadas a todos os públicos), as pessoas físicas permaneceram como as principais compradoras desses títulos, principalmente por conta da isenção de Imposto de Renda.

Segundo a Anbima, até os últimos dois anos, a maior parte das alocações em CRAs e CRIs vinha dos intermediários e participantes ligados às ofertas, como os próprios bancos líderes das emissões, além das pessoas físicas. A associação prossegue em relatório dizendo que a crescente demanda dos investidores institucionais por papéis corporativos já havia sido observada no ano passado no mercado de debêntures, estimulada, sobretudo, pela maior disposição ao risco em busca de rentabilidade no cenário de juros baixos.

No caso dos CRAs e dos CRIs, além dos juros, houve a queda no número de operações, diante da falta de lastro para as emissões, que tornou ainda mais concorrida a procura por esses títulos. Nos CRIs, a redução de papéis foi mais acentuada: até outubro deste ano foram 82 ofertas, contra 126 no mesmo período do ano passado. Em relação aos CRAs, na mesma base de comparação, foram 46 ofertas em 2018 contra 63 em 2017.