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Fundos de private equity e venture capital com maior equilíbrio de gêneros no board têm performance 20% superior

Levantamento feito pela consultoria Oliver Wyman indica que fundos de investimentos de economias emergentes com mais equidade de gênero nas posições de lideranças têm um desempenho 20% superior na comparação com os demais sem práticas semelhantes.

O levantamento foi realizado junto a 40 administradores de fundos de private equity e venture capital e especialistas em equidade de gênero em economias emergentes, em parceria com a RockCreek, empresa de gerenciamento de investimentos, e com a IFC (International Finance Corporation), instituição do Banco Mundial dedicada à promoção do desenvolvimento econômico. Foram ouvidos 550 profissionais atuantes em empresas do segmento em países emergentes e desenvolvidos.

O relatório também mostra que 62% dos entrevistados acreditam que aumentar a diversidade das lideranças seniores potencializa o retorno para as empresas. Isso ocorre porque, para 86% deles, há uma melhora na tomada de decisões, e para 61% há um aprimoramento da gestão. Já 60% acreditam que a diversidade de lideranças potencializa o atendimento aos diversos perfis de clientes.

Apesar da diversidade de gênero ser importante ou prioridade para 65% dos acionistas (Limited Partners - LPs) dos fundos de private equity e venture capital, apenas 30% dos acionistas e administradores (General Partners - GPs) experimentam essas práticas em suas respectivas empresas. As profissionais ocupam somente 11% das cadeiras executivas dessas empresas atuantes em economias emergentes da China, Leste e Sul da Ásia e América Latina.

De acordo com o relatório, a presença de mulheres em cargos executivos é menor em mercados emergentes do Sul da Ásia, Oriente Médio e Norte da África – MENA (7%) e América Latina (8%). Em outras industrias dessas regiões, a presença das mulheres em cargos executivos é superior, chegando a 28%. "Por ter ganhado força na era digital, era de se imaginar que neste segmento a desigualdade não fosse tão relevante, mas ele se comporta do mesmo jeito que o mercado financeiro tradicional, avalia Ana Carla Abrão, sócia e Market Leader da Oliver Wyman no Brasil. "E o Brasil está um passo atrás na questão da equidade de gênero no mercado financeiro se comprado a países mais desenvolvidos", afirma