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GeoCapital lança estratégia Smart Beta com filtro de qualidade

Daniel Martins GeoCapitalA forte demanda por diversificação no exterior segue produzindo o lançamento de múltiplas estratégias pelas casas gestoras no Brasil. Esta semana foi a vez da GeoCapital, com R$ 1 bilhão sob gestão e especializada em investimentos em empresas globais desde 2013, que lançou o seu primeiro fundo Smart Beta de Qualidade no País. O fundo é uma combinação que extrai os benefícios de uma estratégia passiva, replicando um indice de referência montado pela casa com base em critério específico de qualidade, e a gestão ativa clássica. “Essa abordagem smart beta é pioneira no nosso mercado, o meio do caminho entre a alocação passiva e a ativa. Ela gera maior diversificação porque engloba maior número de ativos e segue parâmetros capazes de permitir o melhor balanceamento entre as ações investidas”, explica o CEO e sócio fundador da GeoCapital, Daniel Martins.
A alocação é feita nos ativos que passarem com louvor pelo crivo de qualidade definido por metodologia própria da gestora, com base em três pilares. O primeiro deles é o poder de preço, ou seja, a capacidade das empresas extrairem mais valor da cadeia a que pertencem do que seus concorrentes, produzindo margens mais estáveis em momentos de crise. Os outros dois pilares são a capacidade de crescimento contínuo da empresa em seu setor, e, finalmente, a cultura do dono, que inclui a análise de questões de governança, ESG, criação de valor, entre outros aspectos. Martins lembra que esse tipo de fundo é bastante comum no exterior e segue índices construídos a partir de fatores diferentes do investimento passivo clássico, que costuma considerar market cap e liquidez.
As notas conferidas pela GeoCapital obedecem aos quesitos de qualidade que definirão o peso dos ativos na carteira do fundo. “Construímos esse critério com base na nossa expertise em selecionar modelos de negócios, num universo restrito a 60 empresas que se enquadram nesse perfil, para então aplicar a nossa gestão ativa”, detalha Martins. A escolha dos modelos, neste primeiro momento, resultou num recorte setorial que coloca 30% do fundo investidos em ativos do setor de serviços financeiros em geral, incluindo bolsas de valores, empresas de cartões e outros. Em seguida vem alimentos e bebidas, bens de luxo, tecnologia, mídia e aviação/viagens. “Não fazemos calls setoriais mas, à medida que escolhemos os melhores modelos, surgem os recortes e esses percentuais não permanecem estáticos, eles evoluem de acordo com a evolução da própria metodologia”, explica Martins.