A ASA Investments está lançando uma família de fundos de renda fixa voltada para o público institucional, composta por quatro estratégias diferentes mas todas adequadas às legislações 4994 e 4963, que regulam os investimentos dos fundos de pensão e regimes próprios de previdência social (RPPS), respectivamente. Segundo o gestor da família de fundos ASA Alpha Renda Fixa, Fabiano Zimmermann, são quatro fundos de gestão ativa que buscam retornos acima dos seus benchmarks.
Com cerca de R$ 860 milhões em recursos sob gestão segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a ASA é conhecida como uma casa de fundos multimercados. De acordo com Zimmermann, o objetivo do lançamento foi aproveitar o atual ciclo de política monetária, com taxas Selic elevadas, que abriram novas perspectivas para investimentos em renda fixa, para diversificar a prateleira.
A família de renda fixa é composta por três fundos de investimento (FIs) e um fundo de investimento em cotas (FIC), que aplica nos três. O primeiro FI terá foco em inflação, buscando explorar distorções em curvas de juros e em durations, almejando rentabilidade superior ao IMA B; o segundo é um pré-fixado com o objetivo de gerar retornos superiores ao IRFM de longo prazo; e o terceiro é um fundo de crédito privado high yield composto basicamente por debêntures e títulos bancários. Segundo Zimmermann, o FIC “fará um mix de alocação entre os três FIS, podendo estar ora mais alocado em inflação, ora mais em pré e ora mais em títulos privados”.
A equipe de gestão de renda fixa é comandada por Zimmermann, que veio do BV mas antes disso esteve por 15 anos na Caixa, atuando como portfólio manager de renda fixa e CIO (Chief Investmento Officer). Ele começou no ASA no início de fevereiro e montou em tempo recorde uma equipe de cinco pessoas para cuidar da estratégia da família de renda fixa. “É uma equipe totalmente dedicada a esses produtos”, diz.
Sua leitura de cenários é de que, assim como a inflação foi pressionada pela valorização das commodities e do dólar nos últimos meses, a partir de agora começa a haver uma descompressão sobre a inflação por conta da valorização do real frente ao dólar. Ele aposta em uma Selic em 13,25% ao final deste ano, com duas novas altas (uma de 1 ponto percentual (pp) e outra de 0,50 pp) e queda para 9% ao final de 2023.
A família de fundos de renda fixa começa com patrimônio de R$ 40 milhões, aportados pelos controladores da casa como “seed money” no FIC. Zimmermann prefere não fazer projeções sobre metas de captação, informando apenas que a turma comercial já está em “road show”.
