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Parceria entre Bradesco e BV estrutura nova gestora independente

Roberto Paris BramO Bradesco e o BV (Banco Votorantin) anunciaram nesta quarta-feira (24/8) uma parceria estratégica para a formação de uma nova asset independente, com participação majoritária do Bradesco. A operação envolve a compra de 51% do capital da BV DTVM, sociedade que concentra a gestão de recursos de terceiros e a atividade de private banking do banco BV, por uma das subsidiárias do Bradesco. Não foi especificado no comunicado divulgado pelos bancos parceiros o valor da operação nem a subsidiária a ser usada pelo Bradesco na aquição.
A tranformação da BV DTVM numa asset independente, cujo nome ainda está em definição mas não deve fazer referências à marca de nenhum dos sócios, terá como foco a atuação principalmente em produtos alternativos e fundos estruturados, embora também possa distribuir fundos mais líquidos. A nova asset já nasce com um total de R$ 41 bilhões em ativos sob gestão e R$ 22 bilhões sob custódia no private banking, volumes vindos da BV DTVM que em julho ocupava a 24º posição entre os gestores de recursos da Anbima e a 9ª posição entre os private bankings.
“Com estrutura independente, a nova asset oferecerá aos investidores produtos inovadores e compatíveis com a realidade de mercado. O suporte e o comprometimento dos sócios reforçam a solidez e a credibilidade dos processos de governança e compliance aplicados ao negócio”, diz Roberto Paris, diretor executivo e responsável no Bradesco por várias áreas, entre elas a gestora de recursos do grupo, a Bram.
De acordo com o CEO do banco BV, Gabriel Ferreira, “a gestora será independente e com filosofia própria de investimentos, com completo portfólio de fundos de investimentos destinados ao mercado em geral e a todo perfil de investidor. No Private Banking o modelo será de arquitetura aberta com a oferta dos melhores produtos de investimentos disponibilizados pelo mercado, além de serviços bancários oferecidos pelo Bradesco e pelo BV, no Brasil e no exterior”.
Segundo o comunicado distribuído pelos bancos parceiros, a nova gestora terá autonomia na gestão dos recursos, mantendo uma equipe especializada e focada na sua área de atuação. A conclusão da transação estará sujeita ao cumprimento de aprovações legais e regulatórias do Banco Central e Cade.