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Indústria de fundos tem resgate líquido de R$ 22 bi em setembro

moedas graficosA indústria de fundos de investimento fechou o mês de setembro com resgates líquidos de R$ 22,87 bilhões, segundo relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O saldo também é negativo no acumulado do ano, com saída líquida de R$ 17,14 bilhões.
Em setembro, apenas os fundos de previdência, FIDCs e FIPs fecharam com resultados positivos, registrando captações líquidas de R$ 2,49 bilhões, R$ 1,62 bilhão e R$ 740,8 milhões, respectivamente. Entre os fundos que fecharam o mês com resultados positivos, a liderança é dos fundos de renda fixa e dos multimercados, que registraram resgates líquidos de R$ 12,17 bilhões e R$ 10,45 bilhões, respectivamente. A seguir vêm os fundos de ações, os cambiais e os ETFs, com saídas líquidas de R$ 3,91 bilhões, R$ 618,3 milhões e R$ 562,1 milhões, respectivamente.
Segundo a Anbima, a interrupção do ciclo de alta da Selic, decidido na última reunião do Copom, não deve afetar a atratividade dos fundos de renda fixa, uma vez que os juros devem permanecer elevados ainda por um bom tempo. Porém, como concorrem com outros produtos isentos de imposto de renda para pessoa física, acabaram tendo uma redução de fluxo em relação ao ano passado.
Com relação às rentabilidades, as estratégias ditaram o ritmo, sobretudo para os multimercados e ações. Os multimercados capital protegido, que buscam retornos em mercados de risco procurando proteger, parcial ou totalmente, o principal investido, exibiram o menor retorno no mês e no ano, com 0,88% e 10,68%, nesta ordem.
Para as ações, foram os fundos setoriais que tiveram os piores rendimentos: de 7,34%, em setembro, e 26,10% nos nove primeiros meses do ano. Em contrapartida, a renda fixa registrou valorização, com destaque para os tipos de crédito livre, o duração média que registrou o melhor desemprenho em setembro, de 1,20%, e o duração baixa com 9,91% no ano.