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Para Kinea, fundos de agro tendem a crescer em ritmo acelerado

flavio cagnoEm meio a uma oferta pública para captar mais recursos ao seu primeiro fundo de crédito agro - um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) lançado no final de 2021 e que já soma patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão, a Kinea Investimentos vê essa classe como destinada a crescer em ritmo ainda mais acelerado daqui para a frente. “A indústria de Fiagros imobiliários poderá atingir um tamanho no mínimo igual ao dos FIIs”, aposta Flávio Cagno, sócio e gestor de FIIs de recebíveis (CRIs) e de fundos de recebíveis de agro (CRAs).
Passados os problemas trazidos pela pandemia de Covid-19, classes de ativos como os shoppings e os edifícios de lajes corporativas têm mostrado algum fôlego de recuperação, mas o ritmo dos Fiagros é mais rápido porque está alicerçado na demanda crescente de financiamento para o agronegócio. “Em relação ao arcabouço regulatório, a CVM tomou uma decisão acertada ao permitir que esses fundos utilizassem inicialmente a “casca” dos FIIs. Tanto que agora, com a vigência da Resolução CVM nº 175 a partir de outubro, virão apenas mais esclarecimentos e nuances para esses veículos”, avalia. Para o gestor, os FIIs "abriram uma avenida" a ser trilhada pelos fundos de agro.
O Fiagro da casa, que investe em Certificados de Recebíveis Agro (CRAs), financia diversos segmentos do setor, o que inclui usinas de açúcar e álcool, empresas do setor de fertilizantes e fabricantes de molho de tomates, entre outros. “Os ativos do agro são bem diversificados e têm um impacto positivo gigantesco na economia, o que ajuda a aumentar a demanda dos investidores”, pondera.