O uso da inteligência artificial (AI), presente nas discussões de vários segmentos da economia, é hoje uma das principais preocupações das gestoras de recursos de terceiros. Em recente seminário realizado pela Bloomberg para discutir taxas de juros, talento e tecnologia, que contou com a presença de mais de 400 participantes nos modos presencial e online, o tema foi abordado por diferentes dirigentes.
“Já estamos usando inteligência artificial (IA) para analisar o tom das reuniões do Banco Central”, afirmou o CEO da Bradesco Asset Management (Bram), Bruno Funchal. Outro que abordou o tema foi o CEO do BB Asset Management e ex-diretor de investimentos da Previ, Denísio Liberato, ao ponderar que “mais do que antever o futuro, precisamos criá-lo. Inteligência artificial, novas tecnologias e ESG são nossos drivers”.
Pesquisa realizada pela Bloomberg junto aos participantes do evento constatou que a decisão mais crítica para os executivos da indústria de gestão de investimentos, atualmente, diz respeito à tecnologia. Os participantes do seminário avaliaram que quem tiver as ferramentas mais avançadas terá uma vantagem competitiva.
Segundo o head de pesquisa quantitativa da Bloomberg, Bruno Dupire, “a inteligência artificial e o machine learning são poderosos e desempenharão um papel cada vez mais importante para ajudar os executivos buy-side a tomarem as decisões de investimento mais informadas”.
A pesquisa mostrou ainda que a principal preocupação das assets, atualmente, é conseguir as pessoas certas para desempenhar funções estratégicas. “A obtenção dos talentos certos foi classificada como a questão número um na indústria de gestão de ativos do Brasil hoje”, concluiu a pesquisa.
