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Economática mostra que fundos exclusivos cresceram 56,7% em cinco anos

Levantamento feito pela empresa de dados Economática indica que existem mais de 3.500 fundos exclusivos em funcionamento atualmente no País, com R$ 780 bilhões sob gestão. Em 2018 eram cerca de R$ 500 bilhões sob gestão, mostrando um crescimento de 56,7% em cinco anos. Foram considerados no estudo todos os fundos identificados como exclusivos na base da CVM no período entre janeiro de 2018 e 15 de agosto de 2023, à exceção dos FIDCs, FIPs, FIIs e Off Shores.
Embora a maior parte da gestão desses exclusivos ainda esteja nas mãos de assets de grandes bancos, vem aumentando a parcela sob gestão de gestoras fora desse circuito, como as ligadas ao Morgan Stanley, BTG Pactual Wealth Management e JP Morgan, além da BW Gestão de Recursos que faz a gestão dos recursos das famílias Setúbal e Moreira Salles, controladoras do banco Itaú Unibanco.
Além das gestoras ligadas aos grandes bancos e da parcela crescente das que se situam fora desse circuito, há também “uma parcela significativa de grandes fundos exclusivos administrados internamente por fundações”. O estudo, porém, não informa qual a participação de cada um desses grupos no total de recursos sob gestão de fundos exclusivos.
Em termos de alocação, as ações representavam 11,1% da carteira dos exclusivos em dezembro de 2017, atingindo 13,7% em novembro de 2018 e caindo para 2,3% em abril de 2023. Já as cotas de fundos cresceram de 19,8% em dezembro de 2017 para 26,5% em julho de 2023, evidenciando uma possível estratégia dos fundos exclusivos de aproveitar a expertise de gestores especializados.
O principal investimento dos fundos exclusivos são os títulos públicos, representavam 46,3% da carteira em dezembro de 2017, crescendo para 52,0% em janeiro de 2021 e ajustando-se para 45,0% em julho de 2023. No sentido oposto temos as operações compromissadas que apresentaram um padrão descendente, saindo de 15,5% em 2017 para 11,3% em 2023.