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Crise de Americanas e Light gerou turbulências e oportunidades

Ulisses NehmiSpartaOs episódios da Americanas e da Light, que afetaram as carteiras de crédito no início de 2023, acabaram por gerar oportunidades ao longo do primeiro semestre que agora ficam visíveis nos resultados dos fundos de crédito privado. Na Sparta, o total de ativos sob gestão saltou de R$ 8 bilhões para R$ 9 bilhões desde o início do ano, dos quais R$ 2 bilhões foram captados junto a fundos de pensão e seguradoras.
“Os eventos do início do ano chacoalharam as cotas no mercado secundário, mas geraram oportunidades de compra de muita coisa boa, ativos de emissores triple A, o que está aparecendo agora nos resultados deste segundo semestre”, diz o CEO Ulisses Nehmi. A casa explorou em particular as oportunidades que surgiram no mercado secundário com papéis de emissores triple A dos setores elétrico e de saneamento.
Com foco no mercado de crédito high grade, a gestora afirma estar crescendo junto ao segmento de fundos de pensão, tanto em fundos condominiais quanto exclusivos. “Limitamos os investidores com perfil mais volátil, como o varejo, e temos conseguido agregar valor para os investidores mais sofisticados, com perfil de longo prazo, como as fundações de previdência”, diz Nehmi.
Em 2024, o objetivo da casa é continuar a bater na tecla dos fundos atrelados à inflação que fazem troca de indexador. São fundos que compram ativos atrelados ao CDI mas usam derivativos para fazer com que sua estratégia fique indexada à inflação, ao IPCA. “Isso é importante no atual ambiente, que é de Selic em queda mas também de incerteza fiscal. Se houver alguma surpresa na inflação, a carteira estará protegida”, observa.