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First Trust prevê cenário favorável para os BDRs de ETFs em 2024

April SuydamFirst TrustCom 17 BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs negociados na B3 desde 2021, a gestora americana First Trust está decidida a ampliar sua fatia de mercado junto aos investidores institucionais brasileiros. Sexta maior provedora de ETFs no mercado global, com um total de U$ 152 bilhões nessa classe, a gestora contratou a HMC Capital para representá-la no mercado local, principalmente junto aos fundos de pensão, que é seu principal foco.
Segundo a head de distribuição da gestora na América Latina, April Suydam, o ano de 2024 deverá trazer um cenário melhor para a diversificação de portfólios dos institucionais brasileiros, graças à redução dos juros. “Acredito que haverá mais investidores atentos aos ETFs e BDRs”, afirma Suydam.
“O ano passado foi interessante para o mercado de ETFs e BDRs de ETFs”, diz ela ao observar dois períodos diferentes de 2023. “Olhando para o Brasil e especificamente para os investidores locais, a taxa de juros foi realmente um empecilho durante o ano, um ‘vento contra’ inclusive para a diversificação dos investimentos no mercado internacional”, observa.
Mais perto do final do ano, porém, a taxa Selic caiu um pouco, enquanto o Fed (Federal Reserve) também freou um pouco o aumento dos juros nos EUA, o que permitiu observar algum aumento na diversificação internacional por meio de ETFs ou BDRs.
“Temos tido muitas conversas com os institucionais locais e vemos que o interesse pelo ETFs é crescente como forma de prover a diversificação internacional de suas carteiras”, diz. A gestora foi a segunda casa global a entrar no mercado de ETFs na bolsa brasileira, logo depois da BlackRock, e agora pretende navegar nesse cenário mais favorável.
“Preparamos novos lançamentos para o mercado local, mas o mais importante, as palavras-chave que consideramos para fazer crescer os volumes são a compreensão do assunto e a educação dos investidores sobre o tema e temos trabalhado nesse sentido, diz Suydam.
“Os programas estão melhor desenvolvidos e o potencial junto aos institucionais cresceu. Há, no entanto, um grande número de brasileiros que investem diretamente nos ETFs nos EUA”, lembra.