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Gestores destacam oportunidades na área de infraestrutura

O setor de infraestrutura oferece muitas oportunidades para investimentos de longo prazo, como os geridos pelos fundos de pensão, destacaram executivos de empresas de gestão de recursos que participaram do painel “investimentos alternativos: oportunidades, desafios e estratégias para diversificar os portfólios”, apresentado nesta quinta-feira (27/6) no 13º Seminário Gestão de Investimentos nas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).
Segundo o sócio da área de crédito da Vinci Partners, Gustavo Cortes, 80% do investimento em infraestrutura são feitos por entes privados, o que abre espaço para participação de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs). “São operações de longo prazo, o que conversa com o horizonte dos fundos de pensão”, disse.
Ele destacou o setor de energia como um dos mais atrativos, incluindo as áreas de energia renovável e de transmissão elétrica, com demandas contratadas para os próximos anos. Também citou água e saneamento básico, além de transporte, mobilidade urbana, telecomunicações e biocombustíveis, que são elegíveis para debêntures de infraestrutura. “São setores dinâmicos, com empresas de boa qualidade e bom perfil de crédito, além de serem aderentes à agenda ASG”, explicou.
O CEO da Sparta, Ulisses Nehmi, destacou a robusta regulação para investimentos em infraestrutura, uma exigência para essa classe de investimento de longo prazo. “Estratégias focadas em infraestrutura para institucionais podem contemplar esse tipo de ativo com estratégia de retorno interessante levando em conta todo o ciclo de investimento”, disse.
Já o head de private equity da Galápagos Capital, Rafael Gonçalves, falou sobre o uso de estruturas de private equity para acessar o setor de infraestrutura. “A função do private equity também é de fazer gestão ativa e gerar valor às companhias investidas, sendo que em infraestrutura, a atividade deste instrumento é ainda maior, pois é um setor essencial para a sociedade, tem mais previsibilidade e é mais desenvolvido”, disse.