O presidente da Associação Brasileira das Entidade Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luís Ricardo Martins, defende a criação de uma agência que abrigue exclusivamente produtos de previdência complementar. Para ele, a possível unificação entre Susep, que regula as entidades abertas, e Previc, que fiscaliza as fechadas, não contempla as necessidades do sistema, pois é preciso separar o que é produto previdenciário do financeiro. “Se tiver o viés de poupança de longo prazo, tem que ter uma agência para cuidar só desse produto. Não adianta colocar tudo na mesma agência ou autarquia, pois precisam de políticas diferentes”, destaca Martins.
Ele diz ainda que a mesmo com uma perspectiva de se ter uma estrutura interministerial, com um ministério macro da Economia, é preciso subdividir as secretarias e órgãos de competência. “Se tiver uma única autarquia, será preciso cuidar dessa separação pela natureza do produto. Não temos política públicas para incentivo da poupança de longo prazo que contemplem também o produto financeiro. Defendemos a manutenção de um órgão de supervisão ou agência independente com esse viés de poupança de longo prazo”, ressalta.