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Relatório do BC projeta maior crescimento do PIB neste ano

O Banco Central (BC) elevou ligeiramente sua projeção de crescimento da economia para 2021, passando de 4,6% para 4,7% informa o Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC divulgada nesta quinta-feira (30/09). A pequena alta na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, no entanto, depende de algumas condições. “Depende da continuidade do esfriamento da pandemia de covid-19, da diminuição dos níveis de incerteza econômica ao longo do tempo e da manutenção do regime fiscal e de controle das contas públicas”, informa a publicação.
O relatório indica que o crescimento do PIB poderia ser maior, mas “no curto prazo choques de oferta afetam negativamente atividade e consumo. Adicionalmente, o ciclo de aperto monetário, cujos efeitos devem ser sentidos principalmente em 2022, tende a diminuir o ritmo de fechamento do hiato [da crise econômica]”, explica.
As informações utilizadas na projeção já incluem os preços mais elevados da energia elétrica em razão da crise hídrica, mas não contemplam cenário de restrições diretas ao consumo de eletricidade.
amplia as previsões de crescimento para o setor de serviços e reduz para os demais. Segundo o BC, há uma tendência natural de redução na demanda por bens à medida que as famílias voltam a consumir mais serviços.
O relatório projeta avanço de 3,8% para 4,7% no setor terciário, influenciado por serviços de informação e outros serviços. Já na indústria, projeta recuo de 6,6% para 4,7%, repercutindo, em especial, dificuldades da indústria de transformação por conta das cadeias de suprimentos e dos preços de insumos. E na agropecuária também projeta recuo de 2,5% para 2% por conta, principalmente, da queda na produção do milho segunda safra e da cana-de-açúcar.
As projeções para as exportações e as importações de bens e serviços ficam em 5% e em 14,2% no ano, respectivamente, ante projeções anteriores de 6,8% e de 10,7%. O ligeiro recuo nas exportações (de 6,8% para 5%) repercute as menores safras de milho e cana-de-açúcar e a redução no crescimento esperado dos embarques de produtos semimanufaturados e de minério de ferro. Já a alta na estimativa para as importações (de 10,7% para 14,2%) decorre, principalmente, do aumento esperado nas importações no âmbito do Repetro (regime especial de importação de equipamentos de pesquisa e lavra de petróleo e gás natural).