Ilan Goldfajn foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) neste domingo (20/11), com 80% dos votos, durante uma reunião especial da Assembleia de Governadores do Banco. A reunião, que deu a Goldfajn um mandato de cinco anos, aconteceu na sede do BID em Washington, D.C., com delegações participando presencial e virtualmente.
É a primeira vez que um brasileiro assume a presidência da instituição. Indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a candidatura de Goldfajn foi inicialmente refutada por membros da equipe econômica do governo eleito, com Guido Mantega chegando a entrar em contato com autoridades econômicas dos países membros sugerindo o adiamento da votação. O banco não concordou e Mantega acabou renunciando à participação no grupo temático do planejamento da equipe de transição.
Goldfajn supervisionará as operações e a administração da instituição, que trabalha com o setor público da América Latina e o Caribe. Além disso, ele vai presidir o Conselho de Diretores Executivos do BID e o Conselho de Diretores Executivos do BID Invest, que trabalha com o setor privado da região. O presidente do BID também preside o Comitê de Doadores do BID Lab, o laboratório do banco para projetos inovadores de desenvolvimento.
Para ser eleito Presidente, um candidato deve receber a maioria do total de votos dos países membros do BID, bem como o apoio de pelo menos 15 dos 28 países membros regionais (26 países membros mutuários, mais Canadá e Estados Unidos). O BID tem um total de 48 países membros, com escritórios em todos os países mutuários, bem como na Europa e na Ásia.
A eleição de Goldfajn foi saudada por membros do atual governo, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Também Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina, postaram mensagens de parabéns.