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Copom decide por unanimidade manter taxa Selic em 13,75% ao ano

banco centralO Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (7/12), em sua última reunião do ano, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A decisão, tomada por unanimidade pelos membros do comitê, já era esperada pelos analistas financeiros.
Essa é a terceira reunião consecutiva em que o Copom mantém a Selic no patamar de 13,75%. Mas, como nas vezes anteriores, o comitê deixou o aviso que poderá voltar a aumentar a Selic caso a inflação não caia como esperado.
Em outubro, o IPCA fechou em 6,47% no acumulado de 12 meses. Foi o primeiro mês de inflação positiva após três deflações consecutivas, motivado pela alta no preço dos combustíveis e dos alimentos. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% neste ano nem ficar abaixo de 2%.
Em seu comunicado, o comitê citou que “entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; (ii) a elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais adicionais que impliquem sustentação da demanda agregada, parcialmente incorporados nas expectativas de inflação e nos preços de ativos; e (iii) um hiato do produto mais estreito que o utilizado atualmente pelo Comitê em seu cenário de referência, em particular no mercado de trabalho.
O comitê também apontou possibilidades de baixa da inflação, “entre os quais ressaltam-se (i) uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; (ii) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (iii) a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023.
O comunicado do Copom ressaltou que “a conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal, requer serenidade na avaliação dos riscos. O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”.