O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8/10), por 66 votos favoráveis e 5 contrários, o nome de Gabriel Galípolo para ocupar a presidência do Banco Central a partir de 1º janeiro do ano que vem. Previamente, o seu nome já tinha sido aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde foi sabatinado por quatro horas pelos senadores, recebendo nesse colegiado 26 votos favoráveis e nenhum contrário.
Indicado para o cargo pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, o atual diretor de Política Monetária do BC exclareceu aos senadores sobre dúvidas em relação à sua independência em relação à Lula. Ele disse que recebeu do presidente Lula a garantia de que terá "liberdade na tomada de decisões" à frente do BC.
Galípololo defendeu a necessidade de um compromisso permanente do BC no combate à inflação, assim como a “consolidação de uma agenda capaz de criar uma economia mais equânime e transparente”. Defendeu também “o empreendedorismo e a inovação voltada para economia sustentável, se consolidando como polo e referência global na erradicação da pobreza e crescimento da produção e produtividade com redução da emissão de poluentes”.
Em nota, o presidente da a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse que “em nome dos bancos associados, saúdo a aprovação célere e tranquila pelo Senado Federal do nome de Gabriel Galípolo para exercer a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025”. A nota diz ainda que “aproveito para registrar a forma serena e institucional com que Roberto Campos Neto vem conduzindo a transição no Banco Central”.