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Captação líquida da indústria de fundos soma R$ 71,1 bilhões em 2018 até setembro

A captação líquida da indústria de fundos atingiu R$ 71,1 bilhões no acumulado de 2018 até setembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 4 de outubro, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). O volume está bem abaixo dos R$ 220,2 bilhões registrados em igual período do ano passado, e também da média de R$ 84,4 bilhões dos últimos quatro anos.

Entre as classes de ativos, os multimercados lideraram a captação com R$ 40,4 bilhões. Na sequência aparecem os fundos de ações, com R$ 18,6 bilhões, e os fundos de previdência, com R$ 14,5 bilhões. Na outra ponta, os fundos de renda fixa tiveram resgates da ordem de R$ 4,7 bilhões, retrato totalmente oposto ao observado no mesmo período de 2017, quando a classe havia liderado a captação com R$ 91,3 bilhões.

Ainda assim, se considerado apenas o terceiro trimestre do ano, em que a captação líquida total da indústria foi de R$ 24,9 bilhões, a renda fixa registra o maior volume de entrada de recursos, com R$ 14,8 bilhões. Segundo a Anbima, a queda do Ibovespa e a volatilidade do mercado beneficiaram esses produtos.
Também com elevada demanda de julho a setembro, os fundos de previdência captaram R$ 5,4 bilhões, e os multimercados, R$ 4,1 bilhões.

Na segmentanção por tipo de investidor, que considera os dados até agosto, quando a captação da indústria no ano somava R$ 63,9 bilhões, o maior aporte na indústria é do público private, com R$ 27,2 bilhões, seguido pelo varejo, com R$ 18,9 bilhões. Além disso, por meio das plataformas abertas de investimento foram captados R$ 39,7 bilhões, só que nesse caso não é possível identificar qual o perfil do investidor.

Os fundos de pensão, por outro lado, resgataram R$ 17 bilhões da indústria de fundos no período. De acordo com o vice-presidente da Anbima e diretor executivo da BB DTVM, Carlos André, esse resultado foi influenciado por um resgate programado de R$ 8 bilhões de um fundo exclusivo de uma entidade.

com a oportunidade na renda fixa diante do aumento dos prêmios das NTN-Bs, que podem ser adquiridas pelos institucionais via carteira própria, explicou o vice-presidente da Anbima e diretor da BB DTVM, Carlos André, em teleconferência com a imprensa.

Em termos de rentabilidade, o destaque fica por conta dos multimercados de investimento no exterior, com retorno médio de 10,1% no ano até setembro. Os multimercados macro, por sua vez, entregaram retorno de 5,5%, enquanto o IMA-Geral subiu 4,3%, o Ibovespa, 3,8%, e o IMA-B, 2,9%.