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Captação líquida da indústria de fundos até outubro é 69,5% menor do que em 2017

A captação líquida da indústria de fundos atingiu R$ 6,4 bilhões em outubro, e R$ 76,6 bilhões no acumulado do ano, 69,5% abaixo dos R$ 251,3 bilhões registrados em igual período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 8 de novembro, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Além disso, a indústria brasileira de fundos de investimento alcançou R$ 4,5 trilhões de patrimônio líquido, volume 9,8% maior que os R$ 4,1 trilhões alcançados no fim do ano passado.

A classe dos multimercados reafirmou seu papel como fonte de diversificação de investimentos e pela quinta vez no ano encerrou o mês de outubro com o melhor aporte líquido da indústria, R$ 1,5 bilhão, acumulando no ano captação líquida de R$ 42,7 bilhões, a maior entre as classes. Dentro dos multimercados o tipo Macro e Investimento no Exterior foram destaque, com captações de R$ 1,9 bilhão e R$ 1,7 bilhão no mês e R$ 24,2 bilhões e R$ 10,5 bilhões de captação no ano, respectivamente.

A classe previdência obteve a segunda maior captação em outubro com R$ 1,46 bilhão, bem próximo da sua média mensal no ano, de R$ 1,6 bilhão. Logo em seguida, a classe ETF obteve seu melhor resultado, com captação líquida de R$ 1,2 bilhão no mês. A classe ações obteve captação líquida de R$ 1,2 bilhão em outubro, “já refletindo a melhora nas expetativas econômicas por parte dos agentes”, segundo avaliação da Anbima.

Na análise das rentabilidades, dentro dos 46 tipos de fundo acompanhados, 41 apresentaram retorno positivo, sendo que 24 deles registraram a melhor rentabilidade mensal no ano. Os fundos de ações apresentaram os maiores retornos; dos 12 tipos dentro dessa classe, 8 apresentaram rentabilidade superior a 10%. Na classe Renda Fixa o destaque foi o tipo Duração Alta Soberano, que rentabilizou 5,4% no mês, acompanhando os títulos públicos de longo prazo, que apresentaram as maiores altas (o IMA-B5+ obteve ganho de 10,7% em outubro). Dentro da classe Multimercados quase todos os tipos apresentaram rentabilidade positiva, a maior delas foi vista no Long and Short Direcional (5,2%).

“A rentabilidade positiva alcançada pelos fundos de renda fixa foi influenciada pela diminuição das incertezas no mercado externo e, principalmente, no mercado doméstico devido ao fim do processo eleitoral. O cenário mais claro reduziu os prêmios de risco nos papéis de longo prazo, principalmente naqueles acima de cinco anos”, explica o vice-presidente da Anbima, Carlos André, em comunicado.