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Integração do mercado financeiro chinês representará risco para demais emergentes

Nos últimos anos convivemos com a integração da economia chinesa ao resto do mundo, e o próximo passo será a integração do mercado financeiro do gigante asiático com seus pares globais, e essa maior aproximação, e acesssibilidade, dos ativos do mercado chinês para investidores de diversos países trará como um de seus reflexos uma maior competitividade entre mercados emergentes para atrair recursos, afirma o CEO da MSCI, Henry Fernandez. “Os países emergentes podem sofrer com essa maior integração do mercado chinês com o mundo, já que será o maior dos emergentes se abrindo, tornando-se atrativo para os investidores, e disputando a atração de recursos com os demais”, pontua o executivo.

Os ativos de empresas chinesas representam atualmente cerca de 30% nos principais benchmarks globais da MSCI, e Fernandez acredita que, diante do ganho de importância da região para os mercados, nos próximos anos esse percentual pode chegar próximo dos 45%. O CEO da MSCI ressalta que essa integração global do mercado financeiro chinês deve ocorrer de forma acelerada. “Todos os dias vemos avanços do mercado chinês que o tornam mais atrativo aos investidores, com novas formas de acesso, e mesmo novas companhias sendo listadas na bolsa de valores”.

Investimentos passivos – O CEO da MSCI avalia que, diante da perspectiva de um cenário econômico global incerto, com a desaceleração da economia americana começando a entrar no radar, se juntando a outros pontos de atenção que já existiam como o aperto monetário do Fed e a guerra comercial entre Estados Unidos e China, uma das consequências naturais poderá ser um crescimento também menor do que vinha sendo observado dos investimentos passivos no mercado financeiro. Ainda assim, ele ressalta que em um ambiente de possíveis rentabilidades menores dos ativos, alternativas mais baratas de investimento, com taxas reduzidas, seguirão no radar dos investidores.