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Institucionais ficam com a maior parcela das debêntures emitidas no 1T19

No primeiro trimestre do ano, os investidores institucionais subscreveram a maior parcela das das debêntures emitidas, com 60,5% ante os 55,4% do mesmo período do ano anterior. Entre os agentes, o grande destaque foi para os fundos de investimentos que adquiriram 53,6% do total ofertado ante os 49,1% do primeiro trimestre de 2018. Os intermediários e instituições participantes ligadas à oferta detiveram 29,6% do volume ofertado contra 41,3% do primeiro trimestre do ano passado. As informações são da Anbima.
As emissões no mercado de capitais em março totalizaram R$ 8,7 bilhões, 42,4 % abaixo do mês anterior. No ano, o resultado acumulado registra R$ 40,4 bilhões contra R$ 42,6 bilhões do mesmo período do ano passado. Em 2019, foram registradas 125 operações contra 197 do primeiro trimestre de 2018. As notas promissórias, títulos corporativos que normalmente apresentam um prazo inferior às debentures, foram os títulos mais representativos das emissões domésticas em março, com 23% do total, seguida das próprias debêntures (22%), CRA e FII (20% cada).
O volume emitido de R$ 1,9 bilhão de debêntures em março foi o mais baixo desde agosto de 2018, o que ratifica as condições desfavoráveis para a colocação de títulos de prazo mais longo junto ao mercado, segundo a Anbima. No ano, o total emitido neste trimestre foi de R$ 15 bilhões contra R$ 27,6 bilhões do mesmo período do ano passado, o que corresponde à uma queda de 45,9%. Deste volume, R$ 10,7 bilhões foram colocadas através da Instrução nº 476 e R$ 4,2 bilhões pela Instrução nº 400 - referente duas emissões, uma do ramo de petróleo e gás e outra de transporte e logística - com esta última sendo a única colocação de debênture incentivada, através da Lei n° 12.431, ocorrida em março.
As emissões de Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) no trimestre totalizou R$ 6,4 bilhões contra R$ 3,2 bilhões do mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento do volume na ordem de 97%. Este movimento reflete uma melhora pontual no segmento imobiliário, tornando mais atrativas as alocações nas carteiras destes fundos, sobretudo em um contexto de juros em níveis baixos, aponta a Anbima.