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Emissões em outubro atingem segundo maior volume do ano, com R$ 35,3 bilhões

As operações das companhias brasileiras no mercado de capitais somaram R$ 35,3 bilhões em outubro, o segundo maior volume registrado no ano, atrás apenas de fevereiro, antes do início da pandemia de Covid-19. O montante, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), supera em 43,7% o registrado em setembro. Nos dez primeiros meses do ano, as emissoes totalizam R$ 275,1 bilhões, 18,5% abaixo do número correspondente ao mesmo período de 2019.
Mais da metade (54,2%) do total captado em outubro foi relativo às operações de renda variável, que chegaram a R$ 19,1 bilhões. Nesta categoria, destacam-se ofertas subsequentes de ações, os follow-ons, com volume quase três vezes acima de setembro e 88,9% superior ao do mesmo período do ano passado. A representatividade do volume das ofertas iniciais (IPOs) no mês foi de 16,6%, sendo a maior captação mensal de 2020 em termos absolutos (R$ 5,9 bilhões). "O resultado reforça o bom ano para o mercado de ações, que tem se consolidado como fonte de recursos para diversas companhias", destaca José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima. Ao todo, 16 empresas já abriram capital neste ano, além de outras cinco que precificaram as ofertas, mas não realizaram a publicação do anúncio de encerramento até outubro.
Na renda fixa, as debêntures registraram volume de R$ 10,2 bilhões em outubro, equivalente a alta de 5,8% sobre o registrado em setembro. No ano, o total até o momento é de R$ 84,8 bilhões. O prazo médio de vencimento dos papéis tem se alongado em 2020: até outubro, ficou em 6,3 anos, ante 5,8 anos no mesmo período do ano passado.
O volume de emissões de títulos de securitização – certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) – caiu 56,2% em relação a setembro, totalizando R$ 2,4 bilhões. Já os fundos imobiliários registraram volume de R$ 3,1 bilhões, ou seja, aumento de 29,6% em relação a setembro. No ano, as emissões desses fundos somam R$ 32,9 bilhões,R$ 4,9 bilhões a mais do que no mesmo período de 2019.
No mercado externo, as emissões de renda variável, que estavam interrompidas desde fevereiro, foram retomadas, com duas operações que totalizaram US$ 314 milhões. Também ocorreram duas emissões de renda fixa no total de US$ 1,5 bilhão. O montante de emissões externas (renda fixa e variável) chega a US$ 23,5 bilhões em 2020.