O acordo feito na quinta-feira (04/02) pela Vale com o governo do estado de Minas Gerais, se comprometendo a pagar R$ 37,68 bilhões para a reparação de danos causados pelo rompimento da barreira de Brumadinho, foi bem recebido pelo mercado. O papel da empresa (VALE3) subiu 3,8% na sexta-feira (05/01), fechando a R$ 92,69.
Segundo o Bradesco BBI, a notícia é muita positiva para a Vale, pois elimina potenciais novas ações judiciais de autoridades relacionadas ao acidente de Brumadinho. Além disso, os analistas apontam que o valor de despesas adicionais está abaixo da estimativa e do consenso, uma vez que o valor projetado era acima de R$ 20 bilhões.
De acordo com o BTG Pactual, o valor estipulado entre a mineradora e as autoridades do estado acabou sendo favorável à empresa, uma vez que o preço inicial pedido pelo governo mineiro era de R$ 54 bilhões. Além disso, destacou o BTG Pactual, o encerramento das negociações representa uma “virada de página de Brumadinho”.
“Trata-se mais de colocar uma questão pendente para trás”, explica a instituição. “A Vale deve ter um re-rating a partir daqui, e continua entre as nossas principais recomendações”, diz o BTG Pactual.
Já analistas do Itaú BBA afirmam que o acordo da Vale com o governo de Minas Gerais ficou dentro das expectativas. Conforme o banco, o fechamento do acordo demonstra a eliminação de incertezas sobre a companhia. A situação pode ajudar a Vale a reduzir descontos dados nas ações em comparação às concorrentes australianas.
