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Marfrig passa a deter 24,23% da BRF

Com a aquisição de 193,86 milhões de ações ordinárias via opções e leilão realizado na B3 na última sexta-feira, a Marfrig passou a deter 24,23% do capital social da BR Foods (BRF), alimentando ainda durante o fim de semana boatos de que uma fusão entre as duas empresas de alimentos poderia acontecer.
A possibilidade de uma fusão entre as duas gigantes do setor de proteína animal é antiga. A intenção chegou a ser formalizada há dois anos, quando as duas empresas emitiram comunicado conjunto dizendo que estavam trabalhando nessa direção, mas a iniciativa foi abandonada 40 dias após o comunicado conjunto, em julho de 2019, por não conseguirem chegar a entendimentos em relação a temas de governança, segundo explicaram à época.
Dessa vez o boato não chegou a prosperar. A Marfrig divulgou nota esclarecendo que “a aquisição (das ações ordinárias) visa a diversificar os investimentos (...) em um segmento que tem complementaridades com o seu”. Embora pertençam ambas ao setor de proteína animal, a Marfrig atua no processamento de carne bovina enquanto a BRF atua no de carne suína e frangos. O comunicado da Marfrig informou ainda que “não pretende eleger membros para o conselho de administração ou exercer influência sobre as atividades da BRF”. Ela também disse que não foram celebrados contratos ou acordos sobre direito de voto.
A aquisição das ações ordinárias da BRF pela Marfrig incluiu um lote de 24 milhões de ações vendidas pela Previ, que dessa forma reduziu de 9,00% para 6,04% sua participação na empresa de alimentos. A Previ se desfez das ações da BRF por R$ aproximadamente R$ 651 milhões.
Outro fundo de pensão que recentemente se desfez de posições da BRF foi a Petros. O fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás e outras patrocinadoras vendeu, no final de janeiro deste ano, um total de 12,26 milhões de ações da BRF e manteve uma participação 9,9% no capital social da companhia de alimentos.