A bolsa de valores fechou em baixa de 2,75% nesta quinta-feira (21/10), em 107.735 pontos, o menor nÃvel desde novembro do ano passado quando o mercado reagiu à declaração feita um dia antes pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo faria mudanças no teto de gastos para financiar o sucessor do programa Bolsa FamÃlia, batizado de AuxÃlio Brasil.
ContribuÃram para a queda do Ibovespa na tarde desta quinta-feira as manobras do governo para aprovar um AuxÃlio Brasil no valor de R$ 400 sem explicar claramente de onde viriam os recursos, o que resultou na demissão de quatro secretários do Ministério da Economia que discordam das medidas, além do anúncio feito pelo presidente Bolsonaro em Pernambuco de um auxÃlio também de R$ 400 a 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar a elevação do diesel nas bombas. Também nesse caso não há explicações de onde sairiam os recursos.
O Ibovespa chegou a cair 4,57% durante a tarde, mas se recuperou um pouco e fechou em queda de 2,75%. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,668, com alta de R$ 0,107 (+1,92%), mas na máxima do dia, por volta das 15h30, a cotação atingiu R$ 5,69.
A instabilidade também afetou o mercado de tÃtulos públicos. Por três vezes ao longo do dia as negociações do Tesouro Direto, programa que vende tÃtulos públicos a pessoas fÃsicas, foi interrompida. O Tesouro Nacional não quis aceitar os juros pedidos pelos investidores e paralisou a venda de papéis prefixados (com juros definidos antecipadamente) e corrigidos pela inflação.
