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Um terço do FGTS reservado à ações da Eletrobras volta ao fundo

hidreletricaCerca de um terço do valor do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) reservados pelos trabalhadores para a compra de ações da Eletrobras excederam a oferta da empresa para essa modalidade de aquisição e voltarão ao fundo, onde continuarão a ser remunerados por Taxa Referencial (TR) + 3% ao ano. Segundo o prospecto definitivo da oferta pública de ações da Eletrobras, apenas 66,79% do valor reservado por cada conta de FGTS pode ser usado para adquirir ações da empresa.
A demanda total das contas de FGTS foi de cerca de R$ 9 bilhões, superando em cerca de R$ 6 bilhões os valores reservados pela Eletrobras para as aquisições via FGTS. Com a devolução parcial, quem reservou R$ 200, a quantia mínima, converteu R$ 133,58 em ações da Eletrobras. O processo de reserva começou na primeira sexta-feira deste mês (3/6) e estendeu-se até às 12h da quarta-feira passada (8/6). O preço unitário da ação ordinária foi fixado em R$ 42.
Segundo comunicado publicado na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o processo de privatização da Eletrobras movimentou R$ 29,29 bilhões. Além dos R$ 6 bilhões aplicados pelos trabalhadores via FGTS, participam do processo de capitalização fundos de pensão, investidores de varejo, investidores estatais e fundos de hedge (fundos que buscam proteção).
Segundo a Eletrobras, até 11 de julho será oferecido um novo lote de até 104,6 milhões de ações, que correspondem a 15% do total de papéis ofertados ao mercado. Essa operação, que marcará o fim do processo de privatização, deverá movimentar mais R$ 4,39 bilhões, mas o valor final dependerá da demanda dos investidores.