Mainnav

Renda fixa corporativa cresceu 27% em 2022, na B3

Os títulos de renda fixa corporativa registrados na B3 somaram R$ 1,3 trilhão em 2022, com um crescimento de 27% em relação ao estoque registrado no ano anterior. O montante inclui debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), notas comerciais e Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
As debêntures, que são títulos de dívida que geram um direito de crédito ao investidor, registraram o maior volume no período. O estoque do produto chegou a R$ 844 bilhões, o que representa aumento de 23% em relação a dezembro de 2021, quando o estoque era de R$ 687 bilhões.
Já os títulos voltados aos setores imobiliário e do agronegócio também registraram aumentos significativos. O estoque de CRIs alcançou R$ 147 bilhões, um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de 2021, enquanto o estoque de CRAs chegou a R$ 99 bilhões, aumento de 47%.
“Com as taxas de juros mais altas, os ativos de renda fixa se tornaram atraentes para o investidor, que passou a diversificar sua carteira, incluindo mais ativos corporativos. Por sua vez, as empresas que utilizam o mercado para captar recursos por meio dos títulos, puderam emitir mais papeis a fim de atender a demanda”, explica Fábio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3.
Outro destaque no período foram as notas comerciais, títulos emitidos pelas empresas que representam promessa de pagamento pelo emissor. O estoque saltou de R$ 39,8 bilhões, em dezembro de 2021, para R$ 70,9 bilhões, em 2022, crescimento de 78%, muito em função das atualizações regulatórias recentes que tornaram o instrumento mais flexível e mais abrangente.