O Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revisou para cima as projeções da Selic do final de 2023, passando de 12,50% para 12,75%. Além disso, eles projetam que o início da trajetória de queda da taxa só deve começar em outubro, e não mais em setembro como constava no relatório anterior. Essa é a quarta revisão consecutiva feita por esse grupo de economistas em relação à trajetória da Selic.
A projeção para a inflação de 2023 foi mantida em 5,8% para 2023, mesmo nível do relatório anterior. A avaliação dos economistas é de que os resultados recentes do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indicam desaceleração gradual dos preços, ainda com resiliência do segmento de serviços.
Na avaliação do colegiado, os recentes eventos envolvendo bancos dos Estados Unidos e da Europa não devem desencadear uma crise sistêmica. Parte dos economistas, entretanto, acredita que pode haver impactos na atividade econômica. “O entendimento é que o canal de crédito deve ficar mais seletivo diante de um período de aversão ao risco”, afirma David Beker, vice coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima.
O grupo também revisou para cima a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2023, passando de 0,20% para 0,70%. A projeção do PIB de 2023 também subiu de 0,75% para 0,90%.
Em relação ao câmbio, a expectativa do colegiado é de que o real mantenha trajetória de valorização ao longo do ano. A estimativa para a taxa no fim de 2023 foi reduzida de R$ 5,30 para R$ 5,25. Caso concretizada, corresponderá a uma valorização de 5,9% do real no ano.
