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Grupo da Anbima prevê Selic em 11,75% e PIB em 2,9% neste ano

fernando honorato1O Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), reunido nesta terça-feira, avaliou que o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve manter o ritmo de redução da taxa em 0,50 pontos percentuais até dezembro, com os juros encerrando o ano em 11,75%.
De acordo com o economista e coordenador do grupo, Fernando Honorato, “a política monetária está surtindo efeito agora, fazendo a inflação cair com mais rapidez. O resultado do IPCA de agosto, por exemplo, mostrou desaceleração da inflação no segmento de serviços. Isso tudo favorece um ritmo de queda na Selic que deve se estender pelos próximos meses”.
O grupo projeta a Selic terminal de 2024 em 9%, prevendo quedas de 0,50 pontos percentuais até julho, a manutenção da taxa em 9,25% entre agosto e setembro, e uma nova redução de 0,25 pontos percentuais até o final do ano.
O grupo elevou as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, passando de 2,25% para 2,90% como resultado do ritmo da atividade do segundo trimestre, que ficou acima das projeções do mercado. Na visão do grupo, o desempenho do segmento agropecuário e o consumo das famílias foram os principais drivers desse crescimento.
Já a previsão do IPCA foi mantida em 4,8% para 2023, com patamar máximo e mínimo de 5,2% e 4,5%, respectivamente, o mesmo observado em julho.
Em relação ao câmbio, a projeção do dólar passou de R$ 4,98 para R$ 4,92 ao final deste ano.
Na avaliação dos economistas sobre o cenário externo, a taxa de juros americana deve continuar alta por mais tempo do que era previsto, o que pode limitar a recente valorização da taxa de câmbio. Além disso, a desaceleração da economia chinesa vem se refletindo em seus indicadores e no comércio global, o que pode impactar os preços das commodities e as receitas de exportação dos países emergentes.
Em relação à política fiscal, a projeção de déficit primário seguiu acima da meta para 2024, revelando os desafios adiante, apesar da aprovação do arcabouço fiscal. Para ver o relatório na íntegra, clique aqui