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Mercado emite R$ 20,71 bi em janeiro, queda de 22% em 12 meses

Mercado capitaisAs ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 20,71 bilhões em janeiro, distribuídos em 166 emissões. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume representa uma queda de 22% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a quantidade de operações cresceu 41,9%.
Os títulos de renda fixa representaram 84,7% das emissões do mês enquanto os produtos híbridos representaram os 15,3% restantes. Não houve emissões para renda variável.
Na renda fixa, as emissões foram concentradas em debêntures, que somaram R$ 8,28 bilhões, uma redução de 55,7% comparado a igual período do ano anterior. O prazo médio dos papéis ficou em 5,9 anos e, considerando apenas as debêntures incentivadas, esse tempo é de 9,2 anos. Dos recursos captados, 23,4% foram para investimentos em infraestrutura e 12,5% para gestão ordinária.
“O atual cenário de queda dos juros é um catalisador importante para impulsionar o crescimento e a atividade no mercado de capitais ao longo do ano. Com taxas mais baixas, os investidores tendem a diversificar mais, olhando prazos, instrumentos e riscos alternativos”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
Ainda na renda fixa, as ofertas de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) totalizaram R$ 3,59 bilhões, com aumento de 283,9% ante janeiro de 2023. Já os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) tiveram um crescimento de 34,2%, somando R$ 2,96 bilhões, e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) registraram uma expansão de 110,9%, atingindo R$ 1,52 bilhão.
Nos produtos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) se destacaram em janeiro, alcançando R$ 3,1 bilhões, mais do que o dobro (103,4%) do montante contabilizado no mesmo mês.